Chegamos em fevereiro na ilha e para Noronha isso significa baixa temporada de ser humano e alta temporada de natureza. Até o momento foram contabilizados 40 ninhos e a expectativa de mês é de ultrapassar 300 ninhos comparado a junho/2022.
O PROJETO TAMAR atua há 39 na ilha ajudando na alimentação e desova das tartarugas marinhas. As águas cristalinas local oferecem condições perfeitas para estudos sobre a biologia e o comportamento desses animais, especialmente quando estão submersos. Além, de permitir que moradores e turistas tenham a inesquecível experiência de vê-los nas praias da ilha.
Nesta sexta-feira (3), a Organização Não-Governamental (ONG) divulgou um balanço das desovas na ilha. Até o momento foram contabilizados 40 ninhos e a expectativa é superar as 300 desovas até junho.
“A temporada passada foi considerada média com 263 ninhos. Nesse mês, esperamos um número maior. Acreditamos que devemos superar os 300 ninhos”, afirmou o pesquisador do Projeto Tamar”, Afonso Nascimento.
Em Noronha a espécie que se reproduz é a Chelonia Mydas, ou tartaruga-verde. Também temos a tartaruga-de-pente, cujo o nome científico é Eretmochelys Imbricata, mas não realiza reprodução em Fernando de Noronha.
Já os tubarões temos o Tigre, onde os pesquisadores acreditam passarem a frequentar Fernando de Noronha em maior quantidade no período desova das tartarugas. O que faz parte da cadeia alimentar dos animais.
“O tubarão é o principal predador das tartarugas. É o único animal que consegue predar as tartarugas adultas. O casco da tartaruga é resistente e o tubarão-tigre é um dos poucos animais que consegue romper o casco”, falou Nascimento.
O pesquisador não acredita que exista um desequilíbrio ambiental na ilha.
“A tartaruga faz parte da dieta dos tubarões, como os peixes. O tubarão tem uma importância biológica; esse animal faz parte do ecossistema. O ambiente em Noronha é equilibrado”, avaliou Afonso Nascimento.
Qual praia tem desova de tartaruga em Fernando de Noronha?
É na Praia do Leão que tem a maior parte das desovas. Até agora são 20 ninhos no local, em segundo é a Praia do Sancho, com 11 ninhos. Também foi identificado na Cacimba do Padre, Bode, Conceição e até no Sueste, que conta até o momento com dois ninhos.
“A Praia do Sueste não tem muitos ninhos; a média são cinco desovas na temporada e já temos duas. Algumas vezes a fêmea sai do mar, tentar colocar os ovos, não consegue e depois volta”, explicou Afonso Nascimento.
foto: Projeto Tamar/Divulgação
Praia do Sancho