Entra em vigor um decreto que proíbe pets e animais exóticos em Fernando de Noronha
A castração em massa é uma ação que tem por objetivo diminuir a população de animais soltos e abandonados e, com isso, reduzir também a propagação de doenças zoonóticas, dos animais para os humanos. A alteração na permissão de entrada de novos pets inclui cães, gatos ou bichos de produção, como galinhas, aves, bovinos, caprinos, entre outros.
No censo animal está prevista a microchipagem de todos os pets da Ilha que tenham tutores, para saber os que já foram ou não castrados, iniciando o trabalho por bairros. Com esse procedimento, também vai ser possível um levantamento de dados dos animais e seus responsáveis, permitindo que o NVA encontre a localização de ambos, caso necessário. O censo também vai aplicar multas para tutores que deixarem seus animais abandonados.
Segundo a gestora do Núcleo de Vigilância Animal de Fernando de Noronha, Camila Cansian, a principal mudança é a proibição de novos animais na ilha. “A quantidade de animais não pode ultrapassar o número de moradores. Vamos focar no tratamento dos animais que já estão aqui, incluindo a castração e o incentivo à adoção, evitando uma superlotação que pode vir a acarretar muitos problemas, inclusive zoonoses que não existem em Noronha”, afirmou Camila.
A norma indica como exceções: os cães-guia, os cães policiais e os animais tutelados por moradores permanentes e servidores públicos transferidos, limitados em um animal com, pelo menos, seis meses de vida. Os turistas não podem transportar os pets para a ilha, os casos permitidos são apenas os cães-guia.
Além das ações, também foram definidas alterações nas regras para a entrada de animais em Noronha. Fica proibida a entrada e importação de animais domésticos e exóticos de qualquer procedência, com exceção de cães guias, animais tutelados por moradores permanentes e servidores públicos transferidos, limitados em um animal com pelo menos seis meses de vida, e cão policial. Também a partir do novo decreto, turistas não poderão levar seus pets, exceto os cães-guia.
“Foi importante reunirmos todas as normas vigentes e tentar fazer algo que a gente consiga botar em prática”, disse Carla.